Para quem gosta de romance histórico, aconselho vivamente as Lágrimas de Karseb , no estertor da antiquíssima Bizâncio, à data, 1453 Constantinopla, hoje Istambul.
Por muitos anos que viva nunca me esquecerei da Mesquita Azul
Muito menos da Igreja de Santa Sofia
O que também não admira, pois só se tem 19 anos uma vez e no longinquo ano de 1983 abalei para a Turquia de Inter- rail. Como era o segundo já estava mais confiante e arranquei sozinho!
Porto - Irun no velhinho internacional, em Irun como as linhas francesas e do resto da europa são diferentes das nossas foi necessário trocar de comboio, por isso mochila as costas e para Hendaya é que é o caminho, o pessoal mais abastado viajava nas carruagens cama não necessitava de mudar... não foi o meu caso!!!
Nesta transfega reparei numa mocinha que devia ter a minha idade e que também viajava sozinha, parada com ar de uma grande complicação... então problemas? disse-me que sim, que ía para casa de uns tios e estava sem dinheiro e os guardas francese estavam a pedir que demonstrassemos que tinhamos dinheiro.
Para quem não se lembra naquele tempo viajar não era fácil e comprar dinheiro estranjeiro, também não era permitidos comprar ou sete mil e quinhentos escudos ou dez mil já não me recordo bem, e ainda por cima averbavam o dinheiro comprado no passaporte. Pois o desenrascanso dos tugas veio ao de cima, disse-lhe pega no meu dinheiro eu safo-me mostrando o passaporte.
Safamo-nos os dois!!!
Deixo aqui o roteiro até Istambul de comboio, demorei oito dias... as peripécias e foram algumas ficam para outra vez...
Porto/Irun/Hendaya/Paris/Zagreb/Belgrado/Thessalonica/Uzunkupruffu(não garanto que se escreva assim)Istambul.
Mas o que interessa mesmo é o livro que aconselho vivamente
1453
A DATA QUE MARCA O FIM DA IDADE MÉDIA E DO IMPÉRIO ROMANO DO ORIENTE ENCOBRE UM GRANDE MISTÉRIO
Verão de 1452. O Sultão Mohamed II planeia o cerco ao último baluarte do Império Romano do Oriente. Depois de mais de mil anos de glória, Constantinopla é apenas uma cidade-estado mantida pelos interesses comerciais dos genoveses e dos venezianos e dividida pelo cisma que separa católicos e ortodoxos.
Constantino Paleólogo Dragases , último Basileus romano, prepara-se para a defesa e reclama desesperadamente a ajuda do pontífice e das cortes europeias.
Do outro lado do mundo, em Toledo, Bernard Villiers , um médico francês marcado por um facto trágico, recebe uma inquietante carta cifrada que o informa que uma das lendárias Lágrimas de Karseb foi encontrada em Constantinopla.
Bernard atravessará o Mediterrâneo e, juntamente com o seu velho amigo Nikos Pagadakis , sábio e filósofo cretense, e o seu aprendiz, Stelios , procurará a misteriosa jóia mística.
Não demorarão a compreender que a terceira das Lágrimas, cobiçada por mãos assassinas, parece andar a par e passo com o destino trágico da Cidade e de uma profecia milenar.
E que um velho sacerdote de Santa Sofia possui muitas das chaves que resolvem o mistério.
As Lágrimas de Karseb é uma crónica trepidante e rigorosa de um cerco épico, em que sete mil gregos e latinos se confrontaram com o imenso exército dos turcos otomanos. Uma viagem transcendente à mística do coração, aos sonhos dos homens, ao amor e à paz.