Uma das características mais marcantes de quase a totalidade de quem se candidata a um cargo qualquer que seja, desde a mais alta magistratura da nação até a segundo suplente da direcção de uma colectividade qualquer, é a divergência do discurso pré eleitoral e a praxis após a tomada de posse.
Começa-se sempre por discursar dizendo a partir de agora tudo o que passou passou somos todos ... e vamos trabalhar para o bem comum.
Também é habito dizer-se que se vem para os lugares só pelo desejo de servir sem se almejar nada mais que o bem comum ...
Costuma-se também dizer que não se vai esconder os possíveis insucessos com as governações anteriores... !
Depois invariavelmente faz-se igual ou pior que os antecessores, primeiro tudo o que estava feito, mesmo que bem feito é para se desfazer...
Tudo o que estava acordado e assinado é para não se cumprir...
Os novos dirigentes alguns deles sem entender ainda como tiveram a dita sorte de sentarem o cóccix na cadeira transformam-se do dia para a noite em pequenos déspotas arrogantes cheios de certezas e dotados do dom divino de saberem e falarem sobre tudo mesmo de coisas que nunca ouviram falar nem de perto entendem...
Quando depois das primeiras idiotices os resultados começam a surgir há duas reacções típicas; se melhores incham como balões e a certeza divina adquirida no supermercado perdura, se os resultados são piores a culpa é invariavelmente dos que os precederam, normalmente um bando de biltres desonestos que se andaram a abotoar, mas com o cuidado de não dizerem isto à frente dos ditos que os antecederam a quem normalmente pela frente continuam a cumprimentar como se de irmãos germanos se tratassem, não sei se por hipocrisia se por receio de apanharem um caldunço de algum antecessor um pouco mais belicoso...
Mas normalmente é assim a culpa é sempre do antecessor a gente não sabia de nada ...
Quem se lixa???
O de sempre !!!
Até já!