Perguntaram-me já várias vezes, "porque raio não te recandidatas ou não és candidato à CCAM?", ao que respondo invariavelmente com a seguinte questão... "porque raio se candidatam os outros dois actuais directores?" e a resposta é um profundo e penoso silêncio.
Porque raio não me candidato?
Aqui vão algumas das, principais razões que me levaram a auto afastar-me;
- Primeiro, porque ao contrário de outros, tenho a noção que alguma quota parte de responsabilidade terei para este mal estar, ele é demissões na Assembleia-Geral, ele é Conselho Fiscal contra o Orgão Direcção, ele é o não relacionamento entre os Directores etc etc. . Eu assumo, se correu mal, tal como em tudo na vida alguma culpa devo ter tido... mas serei só eu? cadê os outros? ( silêncio sepulcral)
- Segundo, porque não tive o discernimento nem a capacidade de fazer ver aos meus colegas de direcção que o processo fusão, que até tinha começado bem estava a tornar-se num mau processo para esta Instituição, certamente alguem se lembrará que numa reunião de orgãos sociais eu quase supliquei, - as circunstâncias alteraram-se a legislação está a alterar-se vamos parar para repensar..., não me deram ouvidos.
- Terceiro, felizmente os sócios leram com clareza que o processo negocial não era favorável à Instituição e reprovaram-no, mas tambem aqui tive responsabilidades andei nas negociações, faço parte da direcção, também tenho uma quota parte na derrota, assumo-o aqui , mas fui só eu? (silêncio gélido)
- Assumo, também ter pactuado e beneficiado, com situações menos eticas, ainda que legais; refiro-me a despesas confidênciais, a viagens a prémios de produtividade e só o faço agora publicamente, pois já o foram divulgados na ultima Assembleia-Geral, eu assumo e os outros benificiários? escuso-me de referir o seu nome são conhecidos... (silêncio ensurdecedor).
É por estas situações que acho que sou uma parte do problema e me devo afastar, não sem antes dizer se alguma iligalidade cometi se alguma irregularidade cometi estou cá, não vou fugir, não ando a vender património por isso estou cá.
Em nota de rodapé convém também dizer que se a fusão tivesse ido para a frente, com a sede social em Silves, com o universos de associados que Silves tem e, que Messines tem, com a obrigatoriedade que na altura já era conhecida de terem de ser feitas eleições arrisco-me a dizer que muito poucos seriam os membros provenientes de Messines que seriam candidatos aos orgãos da ex-futura Caixa. É bom que as pessoas se lembrem disto.
Até já, por hoje!